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Aquecimento global pode estar fortalecendo o mosquito da dengue, revela estudo brasileiro


Um experimento inédito conduzido por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus, aponta que o aquecimento global pode “turbinar” o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya.


O estudo simulou em laboratório cenários climáticos previstos para cidades tropicais até o fim do século, com temperaturas até 5°C mais altas do que as atuais. Os cientistas criaram colônias do mosquito em diferentes condições de calor e observaram mudanças significativas.


Segundo o pesquisador Joaquim Ferreira do Nascimento Neto, líder da pesquisa, os mosquitos expostos ao calor extra apresentaram alterações preocupantes:

“A gente percebeu que há uma diferença, para mais, no peso das fêmeas e no peso dos machos. Então, eles respondem de forma positiva à alteração dos ambientes. Além disso, eles crescem mais rápido.”



O que isso significa?



Ainda não está confirmado se mosquitos maiores e com desenvolvimento acelerado terão maior capacidade de transmitir doenças. Pesquisas adicionais serão realizadas para avaliar essa possibilidade.


Outro risco apontado é que, diante do calor extremo nas cidades, os mosquitos podem migrar para áreas de mata, onde podem entrar em contato com novos vírus e levá-los de volta ao ambiente urbano, aumentando o risco de novas epidemias.



Impacto direto na saúde



O estudo reforça que as mudanças climáticas não são uma ameaça distante, mas uma realidade já em curso. O aquecimento global pode ter efeitos diretos na saúde humana, ampliando os desafios de combate a doenças transmitidas por vetores em países tropicais como o Brasil.

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