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1º injetável do SUS para prevenção do HIV

O Sistema Único de Saúde (SUS) pode em breve oferecer um novo recurso contra o HIV. A farmacêutica GSK/ViiV Healthcare protocolou junto à Conitec a solicitação para incluir o cabotegravir, primeiro antirretroviral injetável indicado para prevenção da infecção.


O medicamento é aplicado a cada dois meses e demonstrou quase 100% de eficácia nos estudos clínicos — desempenho superior ao da PrEP oral diária, disponível desde 2017. A aplicação bimestral facilita a adesão e reduz o risco de falhas no tratamento.


Já aprovado pela Anvisa em 2023, o cabotegravir começou a ser comercializado no mercado privado em agosto deste ano. A Fiocruz participou diretamente dos testes realizados no Brasil. Segundo estimativas da GSK, em uma década o uso do remédio poderia evitar 385 mil novos casos de HIV no país, além de gerar economia de R$ 14 bilhões em custos de tratamento. O valor do medicamento, no entanto, é visto como o principal obstáculo à sua adoção pelo SUS.


No cenário internacional, outra opção de longa duração já está disponível: o lenacapavir, da Gilead Sciences, aprovado nos Estados Unidos e na Europa, que é aplicado semestralmente e apresenta eficácia semelhante. A Organização Mundial da Saúde recomenda sua incorporação em estratégias globais de prevenção.


Vale reforçar que nem cabotegravir nem lenacapavir são vacinas. Ambos são antirretrovirais que precisam estar em circulação constante no organismo para bloquear a replicação do HIV.


A decisão final sobre a oferta do cabotegravir na rede pública dependerá da avaliação da Conitec e da deliberação do Ministério da Saúde.

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