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Documentos revelam venda de escravizados em Barra de Guaratiba mesmo após proibição no Brasil

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Pesquisadores encontraram documentos sobre a compra e venda de pessoas escravizadas mesmo após a proibição do comércio de pessoas na época da escravidão. O arquivo inédito foi achado em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio.


O estudo foi conduzido pelo pesquisador e sociólogo Flávio Moraes, que pesquisa a região há mais de 20 anos. A pesquisa de Flávio aponta o cálculo estimado de pessoas que desembarcaram por lá. A conta dele é que meio milhão de vítimas tenha passado pelo local em cerca de 50 anos.


A descoberta remonta parte da história de escravizados que foram forçados a trabalhar nas propriedades e lavouras de Barra de Guaratiba. No local, ainda há ruínas do que um dia foi um dos maiores portos ilegais de negros.


A região estudada pertencia à família Souza Breves quando o comércio de escravizados foi sendo abolido, a partir de 1830. A partir disso, o local se tornou um porto clandestino para o desembarque de escravizados.


A primeira viagem registrada é de 1716, uma embarcação que trouxe 288 escravizados. A partir de 1850, quando a fiscalização aperta, os registros da Casa param.


Um de 1837, de um navio chamado União Feliz, que vinha da Angola, consta que 50 pessoas morreram na travessia.


Entre os sobreviventes, havia um menino chamado Panda, de 9 anos. Além dele, três meninas: Lua Cheia, de 13, Muade, de 15, e Biemba, que tinha 20. Os papéis não contam o que aconteceu com eles.

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