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Manguezais do Rio sofrem com lixo, mas projeto mobiliza pescadores para recuperação

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Os manguezais do Rio de Janeiro, ecossistemas essenciais para a biodiversidade e proteção costeira, enfrentam um desaparecimento acelerado, sufocados por toneladas de resíduos descartados de forma irregular. Entre sofás, pneus e principalmente plástico, pescadores da Baía de Guanabara e de Sepetiba encontram cada vez menos peixes e caranguejos, fontes históricas de sustento.

“Ultimamente está só diminuindo a quantidade de caranguejo, peixe e camarão devido ao assoreamento, ao lixo”, relata Júlio de Oliveira Maia, pescador local, sobre a realidade que afeta sua atividade.

Para reverter esse cenário, o projeto Do Mangue ao Mar, promovido pela ONG @guardioesmar, mobiliza pescadores e catadores de caranguejo durante o período do defeso. Os profissionais passam a atuar como agentes de recuperação ambiental, removendo resíduos e replantando o mangue. Desde sua criação, em 2001, já foram retiradas 126 toneladas de lixo das áreas de manguezal.

Pedro Belga, biólogo e presidente da ONG, explica como o lixo urbano chega até esses ecossistemas: “O lixo deixado na praia ou jogado pela janela do ônibus acaba trazido pelas correntes até o manguezal. Onde há resíduo sólido, não existe toca de caranguejo.”

O projeto evidencia a importância da união entre comunidade local e organizações ambientais na preservação de ecossistemas fundamentais, mostrando que a recuperação dos manguezais é possível quando responsabilidade e ação caminham juntas.

 
 
 

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