Trump confronta Lula e critica Brasil na ONU; imprensa aponta falhas e líderes marcam reunião

O discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (23), gerou forte repercussão internacional. O republicano fez duras críticas ao Brasil, acusando o país de práticas de censura, corrupção e má gestão em áreas estratégicas. Além disso, afirmou que tarifas impostas pelos EUA seriam uma resposta a essas supostas irregularidades.

Entretanto, veículos de imprensa internacionais apontaram que diversas declarações de Trump continham alegações falsas. Segundo análises jornalísticas, os trechos relacionados a conflitos internacionais, energias renováveis, mudanças climáticas e imigração distorceram dados e realidades verificáveis, gerando preocupação sobre o impacto do discurso na diplomacia global.

No Brasil, a fala também repercutiu, principalmente pelo confronto direto com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Trump chegou a mencionar que havia tido um breve encontro com Lula nos corredores da ONU, classificando-o como “cordial”. Ambos anunciaram que irão se reunir oficialmente nos próximos dias, em tentativa de abrir diálogo diplomático.

Ao final da sessão, o presidente Lula fez um discurso considerado firme e direto, condenando as ações conjuntas entre Trump e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lula destacou que tais articulações representam uma tentativa de desestabilizar políticas democráticas e sociais, e reforçou que o Brasil seguirá defendendo a soberania nacional em fóruns multilaterais.

O petista também enfatizou que o Brasil não aceitará ser alvo de ameaças econômicas ou diplomáticas, reafirmando seu compromisso com o combate às desigualdades, a agenda climática e a cooperação internacional. O tom foi interpretado como uma resposta clara ao alinhamento político entre Trump e setores bolsonaristas.