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Circuito Cultura Viva Hip-Hop movimenta o Rio e fortalece identidade urbana

Matéria produzida por João Almondes


Foto: Zezzynho Andraddy
Foto: Zezzynho Andraddy



O Rio de Janeiro recebeu, no último fim de semana, uma verdadeira celebração da cultura urbana: o Circuito Cultura Viva Hip-Hop, promovido pelo Ministério da Cultura em parceria com o Pontão de Cultura Hip-Hop. O evento reuniu artistas, produtores, jovens e admiradores do movimento, reforçando a importância do hip-hop como expressão de identidade, resistência e transformação social.


Realizado no centro da cidade, o encontro trouxe batalhas de rima, apresentações de DJs, grafite, danças urbanas e rodas de conversa sobre o papel do hip-hop na construção de uma sociedade mais diversa e democrática. Para muitos participantes, o evento foi mais do que entretenimento: foi um espaço de pertencimento.


“O hip-hop é voz para quem muitas vezes não é ouvido. Estar aqui, ver tanta gente reunida, mostra que essa cultura segue viva e necessária”, comentou a MC carioca Lya Duarte, uma das artistas que subiu ao palco.


Cultura que educa e transforma


Além da programação artística, o Circuito também promoveu oficinas voltadas para a juventude da periferia, abordando desde produção musical até empreendedorismo cultural. A proposta foi mostrar que o hip-hop vai além da música: é um campo fértil para formação de lideranças, geração de renda e inclusão social.


O coordenador do Pontão de Cultura Hip-Hop, Marcos André, destacou o caráter educativo do projeto:


“O hip-hop ensina valores como respeito, coletividade e consciência crítica. Quando levamos essa cultura para os jovens, estamos abrindo portas para que eles se reconheçam e ocupem espaços que antes lhes eram negados”.


Um movimento em expansão


O Circuito Cultura Viva Hip-Hop faz parte de uma série de ações que devem percorrer diferentes regiões do Brasil até o fim do ano, com o objetivo de dar visibilidade a artistas locais e consolidar o movimento como patrimônio imaterial vivo.


No Rio, a recepção calorosa do público mostrou que o hip-hop ultrapassou fronteiras e segue reinventando-se sem perder sua essência. Para os organizadores, a meta é transformar essa iniciativa em um calendário fixo de atividades culturais da cidade.


Futuro promissor


Com a presença de jovens de várias comunidades, o evento deixou um recado claro: a cultura urbana é protagonista de uma nova forma de pensar políticas públicas e cidadania.


“Quando o hip-hop ocupa os centros culturais, ele reafirma que a periferia também é potência criativa. Esse é o futuro que queremos construir: mais espaço, mais vozes e mais oportunidades”, concluiu Marcos André.

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